segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Como se sair bem na crise




Embora economistas enfatizem sua seriedade, a crise leva algum tempo para ser verdadeiramente percebida no dia a dia das pessoas e isso pode ser muito ruim, pois achando que ela ainda não está no país, as pessoas continuam agindo como antes e podem perceber seus efeitos quando já for um pouco tarde para reagir.
Para ficar mais fácil de explicar, o administrador de carteiras de investimentos, Reinaldo Zakalski faz uma analogia com as finanças de uma casa, para que possamos entender como isso se dá nos países e então compreenderemos o que realmente está acontecendo no mundo.
Uma família tem uma quantia de dinheiro mensal para cobrir as despesas da casa (equivalente ao PIB de um país). Quando essa renda diminui, por vários motivos como a diminuição do salário ou a perda do emprego, ela entra num processo de recessão.
Essa família precisa então diminuir suas despesas e começar a cortar os gastos mais desnecessários ou buscar opções mais baratas em substituição. Como exemplo, podemos citar que os serviços e consumo vão sendo substituídos por outros mais em conta ou até eliminados. Os mais supérfluos e caros são os primeiros a serem revistos.
A família começa buscar opções mais em conta pelo mesmo serviço e isso é sempre possível de encontrar. Peguemos o exemplo do cabeleireiro que a dona de casa freqüenta toda semana. Ela pode fazer esse mesmo serviço em outro local, onde o preço for mais barato ou deixar de fazer escova toda semana. O mesmo se dá com o supermercado, o restaurante, a lavanderia, a academia e assim por diante. Também pode cortar despesas com funcionários como: mensalista, diarista e jardineiro.
Como o cabeleireiro, que vê suas vendas diminuindo, as grandes empresas também. E o círculo vicioso vai se transformando com a queda das vendas, a diminuição da produção, o corte de funcionários, menos salário, menos compras, mais demissões e assim por diante. Nos países isso ocorre da mesma maneira. Na crise, os países mais ricos deixam de importar e consumir produtos e serviços dos emergentes e mais pobres.
Embora a crise esteja aí e ainda não seja sentida no nosso cotidiano, não podemos nos acomodar.
Zakalski indica algumas medidas que se tomadas podem minimizar seus efeitos:
- Não se endividar. Não compre a prazo neste momento. Espere.
- Preservar ao máximo a reserva líquida. Dinheiro na mão vale muito. Poupe o que puder e invista.
- Pesquisar e pechinchar se realmente precisa comprar.
- Livrar-se das dívidas com o cheque especial e cartão de crédito. Aproveite o 13º e faça isso.
- Não assumir bens onerosos como a compra de um imóvel na praia, no campo, um barco, etc. Não são necessariamente investimentos, pois custam muito em manutenção. Vale mais alugar ou se hospedar.
- Se puder utilize alguma atividade criativa para fazer dinheiro. Cozinhar, costurar, redigir, dirigir, enfim alguma coisa que você faz bem e que possa vender.
- Economizar com telefone, celular, luz, combustível, etc.
- Evitar fazer estoque de produtos. Procure comprar semanalmente o que precisa.
- Não comprar por impulso. Faça programas que não provoquem a tentação por compras. Evite ver vitrines e ofertas.
Continuar consumindo com bom senso é vital para a saúde econômica do país. Mas existem exageros que podem ser corrigidos. Tanto nos países como na sua casa. Cautela não faz mal para ninguém. Comece a afugentar a crise da sua casa e da sua vida.
"Não pensem que a crise é apenas um boato. Ela chegará. Só não podemos afirmar sua dimensão", completa Zakalski.
Aonde tem fumaça tem fogo. Quando eliminamos os primeiros focos, evitamos um grande incêndio. Leia também: Cinco dicas para reduzir suas compras desnecessárias.







Nenhum comentário: